No Brasil, infelizmente as estatísticas são estarrecedoras: a cada cinco crianças, uma sofre abuso sexual. Com o objetivo já definido de trabalhar um projeto pautando a educação emocional, a partir deste dado decidimos que era importante assumir nossa postura como escola cristã que pode oferecer conscientização sobre como a prevenção ao abuso de crianças e adolescentes é muito importante – ainda que seja um tema que envolve muitos gatilhos e tabus.
Desta forma, para iniciarmos os debates e conversas usamos o vídeo “Pipo e Fifi” que aborda questões de se proteger contra a violência sexual de maneira simples, direta e lúdica. Quem conduziu todas as pautas de maneira apropriada a cada idade e com muito conhecimento de causa foi nossa psicóloga escolar: Eliziane Rinaldi.
Após o vídeo, continuamos a conversa abordando a questão do nosso corpo e como ele é sagrado, por ser um presente de Deus. Neste sentido, não devemos aceitar correr riscos ou nos sentirmos invadidos de alguma forma, por isso precisamos entender o significado da palavra consentimento e treinar nossa habilidade de dizer NÃO em muitas situações, além de sempre buscarmos aqueles em que mais confiamos para relatar situações desconcertantes.
Para tanto, foi explicado a questão dos diferentes toques. “Onde são toques de sim?” – “E de não?”, e o que fazer em cada circunstância, enfatizando que o toque permitido é aquele feito com consentimento, além de carinho mútuo e por pessoas próximas. O carinho do não, por sua vez, acontece nas partes íntimas das crianças, deve ser veementemente rejeitado e posteriormente relatado para um ente próximo de confiança.
Com os maiores, conversamos mais além e construímos em conjunto análises de possíveis cenários aonde eles, ainda inocentemente, podem se colocar em risco. Junto a isso, enfatizamos a necessidade fundamental de confiança e confidência nos pais como um alicerce, a base que trará conforto e orientação em qualquer tipo de situação de risco.
Como pais, precisamos estar atentos para proteger e prevenir nossos filhos. A chave para isso é estimular um ambiente propício para que os filhos possam esclarecer dúvidas, contar o que acontece com eles, buscar proteção. Como pais, precisamos treinar a escuta ativa e o acolhimento, assim eles saberão que podem contar conosco em qualquer circunstância, mesmo quando erram.
Nos pequenos, a autonomia na questão do autocuidado com seu corpo também é muito importante. Toda criança tem o direito de viver num ambiente seguro e cheio de amor, bem como de receber toda a instrução para viver em segurança. Esses cuidados são amor em forma de proteção.
Somos os guardiões e guardiãs dos nossos filhos e fomos escolhidos por Deus para desempenhar esse papel com primor.
Aquele que começou a boa obra em nós é fiel para completá-la como diz Fl 1:6. Nossos filhos são nosso bem maior. Por isso, toda ajuda é importante. Inclusive a ajuda do Senhor, com quem sempre podemos contar no processo de cuidado e proteção de nós e de quem amamos.
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