Nossas crianças e adolescentes estão imersas em um universo consumista. Num contexto que as expõe em todo tempo ao marketing e propaganda com a intenção de fazê-las ter as coisas para satisfazer desejos. Propagandas que estão no meio dos desenhos (sendo que a criança não sabe nem distinguir o que é desenho, o que é propaganda e acaba achando que o desenho e a propaganda são uma coisa só), pais que compram brinquedos em troca de obediência e famílias que consomem fast food diariamente pois estão atrasados para mais um compromisso do dia. Cada dia mais percebemos nossas crianças e adolescentes simplesmente sendo levadas à maré de uma sociedade consumista.
É a partir desse contexto que acreditamos que falar sobre consumismo e consumo consciente com elas é despertá-las para um pensamento crítico e real. Trazendo essa consciência de que eles não precisam TER as coisas para SER alguém melhor. Não podemos impedir as propagandas e a mídia de invadir nossas casas ou alcançar as crianças e adolescentes, mas podemos ensiná-los que temos poder de escolha e que podemos governar sobre nossas decisões e prioridades, escolhendo com sabedoria e não por impulso.
“Não oro para que os tires do mundo, mas sim, para que os protejas do príncipe deste mundo.” João 17:15
Pensar num estilo de vida de menos influência da mídia e desse consumo excessivo, nos aproxima de uma forma mais simples de viver que valoriza o estar junto, o bolinho quentinho feito pelas mãos da vovó e de deixar os eletrônicos e ir brincar no quintal. Um despertar que nos leva a perceber que precisamos de pessoas reais para viver e conviver, assim nos desconectamos do mundo virtual e suas ofertas para nos conectar melhor com aqueles que estão ao nosso redor.
Sabemos que mudar nossos hábitos para abraçar um estilo de vida assim pode ser desafiador, mas nosso convite é que com esse artigo você seja despertado a pensar sobre e pouco a pouco consiga mudar os hábitos da sua família e passe a viver sob uma nova perspectiva. Para começar, veja essas dicas que separamos para vocês.
Separamos cinco dicas para ajudar os pais a diminuir a cultura consumista em seus lares:
Estabeleça junto com seu filho o tempo da rotina que será destinado ao uso da TV e/ou eletrônicos e o tempo que passarão juntos sem esse tipo de interferência. Pode ser no momento da refeição, de dormir ou um outro que se encaixe melhor na rotina da família.
Isso não quer dizer que você não pode presentear em outras datas, mas pense em outras alternativas que não envolvam compra de algo novo que não há necessidade no momento. Pode ser uma tarde no parque, assistir um filme juntos, preparar um bolo delicioso feito em casa, chamar um amigo para passar tempo juntos.
Adote o costume de fazer uma lista para ir ao supermercado, evitando assim compras em excesso ou sem necessidade. Leve também sacolas retornáveis ou utilize caixas de papelão do próprio mercado para carregar suas compras, diminuindo o uso das plásticas que levam um tempo maior para decomposição no ambiente.
Sabemos que os fast food, às vezes, salvam no meio da correria do dia a dia, contudo, cuide para que não seja consumido em excesso na rotina semanal da família. Deixe esse tipo de alimentação para os finais de semana ou encontros especiais com os amigos. Durante a semana, priorize o consumo de comidas caseiras, saladas, carne, etc..
Quando o final de semana chegar, opte por passeios em espaços abertos que contribuem para o bem-estar, colocam as crianças e adolescentes em contato com a natureza e os deixa menos habituados com o ambiente de propagandas excessivas, como os shoppings.
Seja intencional em, aos poucos, mudar sua forma de pensar e estilo de vida em relação ao consumo excessivo. Não veja isso como uma lista de regras difíceis de se seguir, encare como uma oportunidade de incluir novos e melhores hábitos na rotina e modo de vida da família.
Nós da Escola Grace, queremos intencionalmente, provocar nossa comunidade escolar a levar a vida a partir de uma nova perspectiva. Um convite para hábitos de consumo mais simples que nos trazem qualidade de vida, o resgate do tempo de qualidade entre pais e filhos e a valorização das produções feitas à mão que carregam um significado muito maior do que as coisas industrializadas. Indo contra a correnteza de uma sociedade consumista e imediatista, valorizando muito mais o SER do que TER.