Um dos grandes objetivos da escola é proporcionar aos alunos um ambiente em que as diferenças possam florescer e que as crianças tenham condições de lidar bem com elas. Dentre essas diferenças, o convívio com “amigos especiais” é uma que merece bastante atenção.
Quando as crianças têm a oportunidade de conviver, desde cedo, com pessoas com deficiência, elas se transformam em adultos mais empáticos e conscientes. Mas quem deve assumir a responsabilidade de ensinar as crianças a lidar com as diferenças? A escola ou os pais?
Não há dúvida de que a escola tem a responsabilidade social de promover a inclusão de todas as crianças, elas tendo ou não algum tipo de necessidade especial. Entretanto, a educação que as crianças recebem em casa, dos pais, também é essencial para ajudar a desconstruir preconceitos e fazer com que a criança consiga ter um ótimo convívio com o colega que possui algum tipo de deficiência. E para isso, a melhor ferramenta é o diálogo.
Se você sabe que existe um colega do seu filho que tem alguma limitação ou necessidade especial, o primeiro passo é buscar informação. Procure por artigos de fontes confiáveis – pode ser na internet – que apresente mais informações sobre a deficiência ou necessidade da criança. Assim, você terá bastante subsídio para o momento de conversar com o seu filho. E pode ter certeza que você também vai descobrir coisas que não sabia.
É importante que, durante a conversa, você não coloque o colega em uma posição de vítima, mas sim de igualdade. Mostre como todos nós temos limitações – alguns conseguem nadar muito bem, outros nem tanto; alguns sabem pintar quadros, outros não. Diga que o colega é capaz de fazer muitas coisas, e naquelas que ele tem dificuldade, podemos ajudar, assim como já recebemos ajuda várias vezes também.
Outro ponto importante é que você conte para seu filho quais podem ser as possíveis limitações do amigo. Isso ajuda ele a distinguir os tipos de comportamentos. Por exemplo, um colega com Síndrome de Down pode estar mais agitado e eufórico em alguns momentos, e também ter um pouco mais de dificuldade para se concentrar.
Com essas pequenas atitudes, você ajuda muito seu filho a conviver melhor com os “amigos especiais”. E se você precisar de alguma dica ou conselho, fique a vontade para entrar em contato com a Escola Grace.